Entrevista com Dr. Wiron Correia Lima

09 de jul, 2014

Wiron-Correia-Lima-editada

O site Qual PLANO DE SAÚDE? conversou com o presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia, Wiron Correia Lima, para entender melhor como será o 7º Congresso Internacional de Fisioterapia.
O evento acontece Entre os dias 11 e 14 de setembro de 2014 em Porto de Galinhas (PE). Acompanhe abaixo a íntegra da conversa:

Qual PLANO DE SAÚDE? – Quais assuntos o Congresso Internacional de Fisioterapia irá discutir?

Wiron Correia Lima – O Congresso Internacional de Fisioterapia – SBF 2014 debaterá diversos assuntos , sempre tentando englobar as mais modernas tendências e principalmente focar a Fisioterapia Clínica como grande diferencial do fisioterapeuta moderno. Os assuntos serão abordados em quatro grandes áreas: Fisioterapia Musculoesquelética, Neuromuscular, Cardiopulmonar e Intertegumentar.

QPS – Qual é a importância da troca de informações para os profissionais da área? De que forma isso se reflete no atendimento ao paciente?

WCL – Essa é a máxima de um evento com essa qualidade, trazer ao fisioterapeuta brasileiro todas as informações técnicas e científicas que possam servir de sustentação a um atendimento de altíssima qualidade, fugindo do lugar comum. De posse do conhecimento de novas abordagens e tecnologias, o fisioterapeuta amplia seu arsenal terapêutico, aumentando a taxa de resolutividade e segurança nas suas ações frente aos pacientes.

QPS – Por fim, gostaria de fazer uma pergunta diretamente relacionada à temática do site. Algumas notícias recentes na imprensa relatam a remuneração baixa que os fisioterapeutas geralmente recebem dos planos de saúde. Como está esta questão atualmente?

WCL – Essa é uma questão muito delicada. A remuneração é aviltante e infelizmente isso se reflete na qualidade de atendimento, pois cria-se uma atmosfera impessoal na assistência ao paciente conveniado. Temos algumas frentes de trabalho debatendo a questão de honorários, que não é apenas sobre valores absolutos, mas a própria filosofia de atendimento e sua modificação necessária, saindo de um modelo massificado e estabelecendo uma assistência cada vez mais personalizada e individualizada, pois assim os resultados são melhores e atingimos a satisfação de nossa clientela. O modelo vigente dos planos de saúde está ultrapassado e ainda se baseia em princípios reabilitacionistas que há muito perderam sua razão em fase do desenvolvimento da Fisioterapia em outras esferas e níveis da saúde. Não se pode mais aceitar que a remuneração de uma assistência específica seja norteada pelo volume de atendimentos executados, quando o correto é que isso aconteça pela complexidade das ações envolvidas no planejamento. Essa é a nova dimensão que os planos de saúde precisarão entender. São mudanças de paradigma cada vez mais exigida pela população!

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